domingo, 6 de maio de 2012

75 anos do desastre do Hindenburg




 





Em 6 de maio de 1937, o dirigível alemão Hindenburg explodiu ao tentar pousar em Lakehurst, Nova Jersey. Em pouco mais de 30 segundos, o maior objeto que ja tinha subido aos ares foi incinerado e a era das viagens comerciais dos zepelins estava morta. A seguir estão nove fatos curiosos sobre sua história:

 

1. Os sobreviventes do desastre do Hindenburg foram muito mais numerosos do que se imagina.
 

Qualquer um que tenha visto o vídeo do mergulho do Hindenburg em chamas até o chão, certamente ficou surpreso ao saber que dos 97 passageiros e tripulantes a bordo, 62 sobreviveram. O desastre com 36 óbitos vitimou 13 passageiros, 22 tripulantes e um trabalhador em terra. Muitos sobreviventes pularam das janelas do zepelim e fugiram do fogo o mais rápido que puderam.

2. O desastre do Hindenburg não foi o acidente mais mortífero da história dos dirigíveis.
 

Graças à filmagem e ao relato de testemunha ocular do repórter de rádio Herbert Morrison (que pronunciou as famosas palavras: "Oh, a humanidade!"), o desastre do Hindenburg é o acidente de dirigível mais famoso da história. No entanto, o pior incidente ocorreu quando o USS Akron, da marinha dos EUA, caiu na costa de Nova Jersey, em uma forte tempestade em 4 de abril de 1933, matando 73 homens e com apenas três sobreviventes. A queda em 1930 do dirigível militar britânico R101, que custou 48 vidas, também foi mais mortífero.


3. O desastre do Hindenburg não foi transmitido ao vivo na rádio.
 

Morrison estava no local para registrar a chegada do Hindenburg para WLS de Chicago, mas ele não estava transmitindo ao vivo. Seu relato doloroso seria ouvido em Chicago mais tarde naquela noite, e foi transmitido em todo o país no dia seguinte.

4. Lei dos EUA impediu o Hindenburg de usar hélio em vez de hidrogénio.
 

Após o acidente com o R101 carregado de hidrogênio, em que a maioria da tripulação morreu no incêndio subseqüente ao invés do impacto em si, o designer do Hindenburg, Hugo Eckener procurou usar hélio, um gás de elevação menos inflamável que o hidrogênio. No entanto, os Estados Unidos, que tinham o monopólio sobre a oferta mundial de hélio e temiam que outros países pudessem utilizar o gás para fins militares, proibiram a sua exportação. Após o desastre do Hindenburg, a opinião pública norte-americana favoreceu a exportação do gás para a Alemanha para a construção de seu próximo grande zepelim, o LZ 130, e a lei foi alterada para permitir a exportação de hélio para fins não militares.  Após a anexação da Áustria pela Alemanha em 1938, no entanto, o secretário de Interior Harold Ickes recusou-se a manter o acordo.

 

5. O Hindenburg tinha um salão de fumantes.
 

Apesar de ser preenchido com 7 milhões de metros cúbicos de gás hidrogênio altamente inflamável, o Hindenburg apresentava uma sala para fumantes. Não era permitido aos passageiros levar fósforos e isqueiros pessoais a bordo do zepelim, mas eles poderiam comprar cigarros e charutos cubanos a bordo e acendê-los em um quarto pressurizado para evitar a entrada de hidrogênio. Um funcionário admitia a entrada dos passageiros e tripulantes por uma câmara de dupla porta para a sala de fumantes, que tinha um isqueiro elétrico único, e conferia para que ninguém saisse de lá com um cigarro ou cachimbo aceso.

6. Um piano foi especialmente concebido para o Hindenburg.
 

Oproprietários do Hindenburg encarregaram a empresa de piano do famoso Julius Blüthner de  construir um piano de cauda especial para atender aos rigorosos padrões de peso do dirigível. O piano, que foi feito principalmente de ligas de alumínio e coberto com pele de porco amarela, pesava menos da metade de um piano de cauda comum. Ele só foi utilizado durante a primeira temporada de voos do Hindenburg e não estava a bordo da fatídica viagem.

 

7. O primeiro voo do Hindenburg foi feito em uma missão de propaganda nazista.
 

Embora o Hindenburg estivesse em desenvolvimento antes do Terceiro Reich chegar ao poder, os membros do regime nazista consideravam-no um símbolo do poderio alemão. O ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels ordenou que o primeiro voo público do Hindenburg, em março de 1936, fizesse parte de uma turnê aérea sobre a Alemanha com o Graf Zeppelin para conseguir apoio para um referendo sobre a reocupação da Renânia. Durante quatro dias, os dirigíveis tocaram músicas patrióticas e anúncios nazistas dos alto-falantes especialmente montados, além de lançar folhetos de propaganda e bandeiras com suásticas sobre as cidades alemãs. (O referendo foi aprovado por 98,8 por cento dos alemães) Mais tarde, ainda em 1936, o Hindenburg, ostentando anéis olímpicos e carregando uma grande bandeira olímpica, desempenhou o papel de protagonista na abertura dos Jogos de Verão em Berlim. A aeronave, que tinha suásticas adornando sua cauda, ​​era um símbolo do poder nazista e foi objeto de ameaças constantes de bomba, incluindo um antes de seu voo final, o que levantou a suspeita de sabotagem como causa do desastre.

 

8. Dezenas de cartas transportadas a bordo do Hindenburg foram entregues.
 

Zepelins foram pioneiros no serviço postal aéreo através do Atlântico, e o Hindenburg transportava cerca de 17.000 peças de correspondência em sua viagem final. Surpreendentemente, 176 peças armazenadas em um recipiente de proteção sobreviveram ao acidente e foram postadas quatro dias após o desastre. 

  

9. Goebbels queria nomear o Hindenburg  de Adolf  Hitler.
 

Hugo Eckener, construtor dos dirigíveis alemães, que não era partidário do regime nazista, batizou o zepelim com o nome do falecido presidente alemão Paul von Hindenburg e recusou o pedido de Goebbels para renomeá-lo de Adolf Hitler. O Führer, que aparentemente nunca foi um grande apreciador das grandes aeronaves, acabou agradecido pelo fato de o zepelim que caiu como uma bola de fogo não usar o seu nome.  

 

 

 

fonte: History.com 


Um comentário: